Músicas Parodiadas Ajudam Estudantes a Aprender Biologia para o Vestibular

Usar paródias de músicas conhecidas tem se mostrado uma ferramenta eficaz para quem está se preparando para o vestibular. A combinação de ritmo e conteúdo pode não apenas tornar o estudo mais leve, como também melhorar a retenção do conhecimento. É o que defende Marcelo Alex Leal, professor de biologia do curso Objetivo, em São Paulo, que há anos une ensino de biologia a canções populares.

De acordo com o professor, o objetivo das paródias vai além de animar a aula: é fundamental que as letras tragam informações relevantes. “Não basta apenas divertir. A música precisa transmitir conteúdo de qualidade”, afirma. Ele também ressalta a importância de cantar a paródia várias vezes para facilitar a memorização dos temas.

Entre os exemplos de paródias utilizadas em aula, estão adaptações criativas de clássicos conhecidos por todos. Confira algumas das versões que têm ajudado estudantes a entender melhor a matéria:

Parabéns a Você

Em uma adaptação da tradicional canção de aniversário, o foco é o metabolismo de proteínas:

“Se você come um bife / ‘Cê’ comeu proteína / Forma amônia e ureia / E esta sai pela urina.
E quem é que transforma a amônia em ureia? / Fígado! / E pro fígado nada? / Tudo!
Então como é que é? / É pique, é pique, é pique, pique, pique / É hora, é hora, é hora, é hora, é hora / Rá, tim, bum / Fígado, fígado, fígado!”

Ciranda, Cirandinha

Outro clássico adaptado aborda as funções das organelas celulares:

“Mitocôndria, mitocôndria / É quem faz respiração / Ribossomo sintetiza / Proteínas de montão.
O Complexo de Golgi / Armazena secreção / Lisossomo tem enzimas / Pra fazer a digestão.
O retículo apresenta / A função de transportar / O centríolo participa / Da divisão celular.”

“Pra Frente Brasil”

A música que marcou a Copa de 1970 virou lição de circulação sanguínea:

“Sistema aberto em ação / Molusco e artrópode / Anelídeo não.
Todo vertebrado / Sistema fechado / De circulação.
O ventrículo esquerdo da gente / Bombeia pra aorta / Com alta pressão.
Hemácia faz oxigenação / Plaqueta, coagulação.
Vamos juntos, vamos / Pra frente glóbulos brancos / Contra a infecção.”

Ilariê

O sucesso infantil foi reescrito para explicar o trajeto do sangue no corpo:

“Tá na hora, tá na hora / Desse sangue circular / Do ventrículo direito / Pra artéria pulmonar.
Do pulmão vai pra uma veia / Que também chama pulmonar / Átrio e ventrículo esquerdo / Que pra aorta vai bombear.
Ilá, ilá, ilariê, ar, ar, ar / É o sangue venoso / Na artéria pulmonar.
Ilá, ilá, ilariê, ar, ar, ar / É o sangue arterial / Indo pra veia pulmonar.
Através da veia cava / Sangue pode retornar / Para o átrio direito / Pra tudo recomeçar.”

Mamãe Eu Quero

Nesta versão, a respiração dos insetos ganha destaque:

“Inseto eu quero (há-há) / Inseto eu quero (há-há) / Inseto, eu quero respirar!
Me dá a traqueia (há-há) / Me dá a traqueia (há-há) / Assim meu sangue não vai ter que transportar / O2, O2, O2…”

Rep – Ave – Mami

Por fim, outra paródia resume os tipos de respiração em diferentes organismos:

“Respiram por pulmão / Brânquia é utilizada / Por ostra e camarão.
A filotraqueia / É usada pela aranha / O sapo e a minhoca / Têm respiração cutânea.”

Essas paródias são exemplos de como métodos alternativos podem ser grandes aliados na preparação para provas tão exigentes como o vestibular, tornando o estudo mais dinâmico e eficaz.